Coração Amante...
Efigênia Coutinho
Por algum tempo tive um coração imperturbável
Entre céus, mares e luares nada me comovia.
Ofertava sonhos de amor, não sendo vulnerável
A transvazar todo sentimento com galhardia...
Nova história, porém, renasce num novo verso.
Num formoso sonho extasiante, deixo-me renascer,
Um novo horizonte com luminárias sem reverso,
Vem colorindo meu querer em cada anoitecer.
Cada momento contigo, é confortante e acaricia
Deixando-me sentir o momento novo e inebriante...
Sentindo que meu coração cada vez mais se fortalecia
No pensamento enamorado que me traz todo instante!
Ao fascínio de querer ser teu Coração Amante...
E poder vicejar feliz este sonho assim amadurecido
Sendo accessível cruzar este oceano tão distante,
Vou sentindo esse renascer do meu ser fluido!...
Balneário Camboriú
Julho 2010
PRESCUTO
Efigenia Coutinho
Tão prazeroso estar recostada!
Acompanho o efeito em passo certo,
Vejo o desfecho assim de perto...
Vou escutando, em vozes de fada.
A cantar melodiosa serenata
Com harmonia de Flores bela,
Embebendo de fragrâncias dela
Desliza,beijando a terra em festa!
Dessa mansidão vem meu encanto.
Vejo mil estrelas a cintilar...
Que se abraçam para escutar
A magia sonora do meu canto.
Debruçam mistério alvissareiro,
Num balouçar de sutil acalento,
Não resistindo o pensamento
Entregue ao destino sorrateiro!
Balneário Camboriú
Julho 2010
HORA TRANSPARENTE
Efigênia Coutinho
Transparentes céu,mar,terra e o ar,
nem os sonhos se mexem na alma,
nem desejos quentes. Nada turva
este aspirar bom das coisas calmas.
E vem vindo lá de cima canção do fundo
que nasce do cristalino de nós mesmos
e adeja no ar sobre brumas celestes
embalando a alma, o corpo se soltando.
Tudo é paz na transparência desta hora;
o silencio que canta na voz dos anjos,
a Paz das distâncias azuis dentro de nós.
Modelando a face com argila para os sonhos.
Vem o calmo aroma - ocre das folhas de
outono.Longe vão a noite, o mar e o luar,
eternizando num único momento toda cor!
Paisagem que penetro, distraída, à espera!
Balneário Camboriú 23.10.2008
Natureza
Efigênia Coutinho
Quando entro numa floresta, ajoelho-me,
porque ela é a mais antiga das Igrejas,
aquela em que o primeiro homem ergueu ao céu
a sua primeira prece: saudação à Natureza!
Não há sacerdotes nesta Igreja, nem velas mo
seu altar,nem fumos de incenso, que saiam dos
turíbulos de prata! Há uma multidão silenciosa,
que estende os braços robustos para o alto...
E, sobre aqueles braços, uma multidão de mãos,
se abrem para implorar a vida ao sol,que tudo cria.
A natureza mais sábia, soube na Floresta preparar
bálsamos diversos, para todos os males da alma.
Porque todas aquelas folhas verdes e sussurrantes
ao vento, dizem a sua prece no murmúrio misterioso
duma língua sem palavras, tudo reza: rezam as folhas,
e com elas os insetos da Terra nos ramos entre cortiças!
Eu me encontro como uma criança, num berço onde a
vida germina e cresce, lenta, esperançosa, apontando
a Natureza Futurecida! Nasce-se e morre-se a cada hora
a cada minuto naquele berço esmeraldino e fresco...
Brasil, Rio de Janeiro,30,10.2003
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